segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sangue frio

Eu volto pra esse canto,
de detestáveis, putas e desiludidos.
Agora é pra saborear algo bem longe de graça.

Peço umas garrafas de qualquer coisa,
uma jukebox já emplaca um hit Paraense.
Meus dedos longos e minha cara ossuda,
encarando os copos e desafiando a realidade.

A mesa de compensado não suporta meu peso,
o peso que trago comigo...
As pessoas deslizam nos pisos gordurosos
e eu vejo tudo em câmera lenta.

Sem glamour de jukebox,
sem beijo, sem tapa na cara
sem falar que odeia.
E o abraço que resiste na memória.

Nem sei o que me trouxe de volta,
É um filme que já vi...
um filme que eu não gosto.

Não deu tempo.
Que assim seja.
Eu peço a conta.

E vou andar sem destino certo.

Um comentário:

Beto Souza disse...

Esse lugar... me lembra passado...

E esse lugar me lembra um nada a mais a lembrar... como algo que esqueço por querer... esse lugar nem está lá fora como os outros, está aqui e aqui ele me faz sentir falta das coisas que nem olhei quando estive lá... se é que estive.