Ah! Humor, bem que você podia não ser essa variável tão instável. Brusca. Põe e tira o riso com tamanha destreza.
Ainda bem que tem os domingos de dias ensolarados, ainda que tem as pessoas que guardam nossos passos com carinho. Se teve o domingo acuado no quarto, mergulhado no passado, tem o domingo em que vem gente, assim, que sabe cada traço meu e timbre de voz solto ou controlado.
Vem sorridente e dá logo o abraço, bota uma música e abre a janela. Vem cheia de histórias e de idéias, melhor mesmo ir pra longe.
E sabe, enche de forças olhar pro lado e não se ver tão só. Parece evidente essas meias frases, frases feitas e conhecidas. Tudo tão sabido e some as palavras pra dizer um "muito obrigado", seja por ter vindo ou seja por ser quem você é. Frases vem e vão e deixam na cabeça mais incomodo que papo de bar, desses filosóficos/existenciais, inteligentes mesmo são essas nossas conversas, que ligam lâmpadas na cachola. E mexem mesmo com fúria e deixa o pensamento ligado.
Eu digo "a" pensando em "b" e não é que ela explica que eu tô mesmo querendo "b".
Não é que ela me tira da inércia vulgar que eu entrei, me deixa ligado e faz reconhecer que eu tenho que ficar na linha - entendam, voltar a ter no peito os meus valores que ficaram nesse ritmo medíocre.
Hoje ela me deixou longe do café e de outros vícios, vimos o jardim, fomos no parque e reencontrei a parcela que me identifica, que me calibra e diz quem eu sou.
Aqui jaz de uma vez por todas a repetição dos dias!
Agradeço a todos que estiveram firme comigo. Obrigado!
E não é que ela estava certa. Com as conversas, metáforas e risos. Ela está certa.