quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Niilista sem bigode, sem sono, sem fome.

Quebrado.
Ao meio.
Sujo.
Malcuidado.

Todos na rua olham,
parece que para o tempo,
e seus olhos me perseguem.

Ficaria incomodado se isso fosse novidade.
Mas não, só é mais intenso.
Uns vão pra longe,
outros mudam de poltrona.

O clima em minha volta deve estar tenso,
negro.
Eu nem ligo. Se não estou correndo nas ruas
eu estou dormindo em ônibus.

Oh! Deus! Dormindo em ônibus
e ficando a uma da manhã escrevendo bobagens.

Se tornando um vício, terrível.

A bússola projetada na parede,
gira sem parar,
rodopia...

Cadê o norte?

Cadê a dama, o dinheiro?

Fica assim um ódio, mergulhado na fúria.
Frustração latente.

A carne some, meus ossos saltam.
Olhos sem descanço.

E respiro fundo.
Deixo de lado os pensamentos.

Fico assim, niilista sem bigode,
sem sono, sem fome.

Logo eu que sempre fui de acreditar, logo eu

Nenhum comentário: