Quebrado.
Ao meio.
Sujo.
Malcuidado.
Todos na rua olham,
parece que para o tempo,
e seus olhos me perseguem.
Ficaria incomodado se isso fosse novidade.
Mas não, só é mais intenso.
Uns vão pra longe,
outros mudam de poltrona.
O clima em minha volta deve estar tenso,
negro.
Eu nem ligo. Se não estou correndo nas ruas
eu estou dormindo em ônibus.
Oh! Deus! Dormindo em ônibus
e ficando a uma da manhã escrevendo bobagens.
Se tornando um vício, terrível.
A bússola projetada na parede,
gira sem parar,
rodopia...
Cadê o norte?
Cadê a dama, o dinheiro?
Fica assim um ódio, mergulhado na fúria.
Frustração latente.
A carne some, meus ossos saltam.
Olhos sem descanço.
E respiro fundo.
Deixo de lado os pensamentos.
Fico assim, niilista sem bigode,
sem sono, sem fome.
Logo eu que sempre fui de acreditar, logo eu
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
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